Uma população altamente conectada à internet – e que passa mais tempo online do que ingleses e japoneses somados. Assim pode ser ilustrado o panorama do acesso à internet no Brasil, cujos usuários navegam em média 9h32min por dia. Ou seja: mais do que as médias da Inglaterra (5h47min) e do Japão (3h45min) juntas. Aliás, a média mundial não chega sequer a 6,6 horas por dia de conexão. Os números são do “Global Overview Report 2022”, publicado em parceria pela We Are Social e pela Hootsuite.
O acesso à internet no Brasil cresceu vigorosamente nos últimos anos. Afinal, se apenas metade da população estava conectada uma década atrás, hoje o número chega a 84% conforme o relatório. Nesse sentido, vale destacar a relevância das conexões móveis, que somam 224,9 milhões segundo dados da GSMA Intelligence. Isto é: o Brasil já tem mais dispositivos móveis conectados à internet do que habitantes. Não à toa, o país ocupa o segundo lugar em tempo online a partir desse tipo de aparelho – que engloba smartphones, tablets e até alguns modelos de relógios inteligentes. São, em média, 5h28min por dia, atrás apenas das Filipinas (5h31min) no ranking que compreende 50 nações.
Observando-se esses dados sobre o acesso à internet no Brasil, é fácil identificar boas oportunidades para merchants globais. Sobretudo porque o país tem uma das maiores economias do mundo – e as transações eletrônicas crescem visivelmente. Aliás, mudanças importantes aconteceram nos últimos anos nesse âmbito, como veremos a seguir.
Durante a pandemia de coronavírus, o distanciamento social transformou o comportamento do consumidor brasileiro, e as compras online dispararam. Segundo pesquisa realizada pela NielsenIQEbit, o faturamento do e-commerce no país foi de R$ 199,1 bilhões já em 2020. Depois, em 2021, o crescimento continuou, com as cifras chegando a R$ 258,5 bilhões. Em 2022, a tendência de alta se manteve, com um incremento de 1,6%, atingindo R$ 262 bilhões no ano passado.
De acordo com o levantamento, Perfumaria e Cosméticos foi o setor de maior crescimento em 2022, registrando um GVM (Gross Merchandise Volume) 21,2% maior que no ano anterior. Em seguida aparecem os segmentos de Pet Shop (16,3%), Eletrônicos (10,5%) e Casa e Decoração (9,6%).