Vendendo para o Brasil: o que as pessoas mais compram online?

Todo comerciante global certamente já se perguntou o que as pessoas mais compram online, não é? Afinal, entender o perfil de compra dos consumidores é um passo importante para quem deseja prosperar nesse meio. O Brasil, por exemplo, é um país com uma população digitalmente conectada em constante crescimento. Dessa forma, as tendências de consumo online são uma mina de ouro para empresas de qualquer lugar do mundo em busca de oportunidades de negócio.

O perfil de compra do brasileiro na internet

O Brasil é um país rico em cultura e diversidade – e isso também se reflete nas tendências de compras. Em cada região, é possível observar hábitos de consumo que diferem entre si, o que requer flexibilidade dos comerciantes.

De acordo com uma pesquisa do Cetic.br, moradores da região Sudeste são os mais engajados em compras online. Eles representam nada menos que 49% deste público e estão sempre em busca de lançamentos. Na sequência, a região Sul apresenta 22% dos compradores online que, por sua vez, valorizam produtos de alta qualidade e marcas tradicionais.

No Nordeste brasileiro estão reunidos outros 17% dos consumidores digitais do país, com especial interesse por boas ofertas em lojas virtuais. Por fim, as regiões Centro-Oeste e Norte representam 7% e 6% do mercado, respectivamente. São áreas promissoras, mas que ainda requerem paciência e versatilidade por parte dos comerciantes.

 

Desvendando o que as pessoas mais compram online no Brasil

Segundo a pesquisa “Comportamento de compra online: hábitos dos brasileiros na internet e sua relação com anúncios”, da IAB Brasil, 89% dos brasileiros online utilizam smartphones para compras na internet. Isso mostra o quanto é importante ter uma plataforma de e-commerce responsiva ou adaptada ao mobile. Em contrapartida, 39% dos consumidores brasileiros são adeptos de notebooks ou desktops para realizar as transações.

Mas o que será que faz brilhar os olhos desses consumidores na internet? Em geral, a pesquisa revela que os produtos com mais saída são itens de vestuário e moda (57%). Depois estão os eletrônicos (45%), seguidos pelos produtos de beleza e cuidados pessoais (42%). Além disso, grande parcela dessa amostra adquire via internet produtos para o lar (40%).

Já as despesas dos brasileiros com serviços online também impressionam. Só no segmento de apostas online, foram cerca de US$ 11,1 bilhões em 2023, segundo dados do Banco Central referentes às remessas feitas para bets estrangeiras de janeiro a novembro. Para se ter uma ideia, esse valor supera as exportações de carne bovina do país no mesmo ano. 

Ao mesmo tempo, o streaming de vídeo e os videogames também demonstram forte expansão no Brasil. Segundo o relatório de perspectivas da Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia 2022–2026, da PwC, o segmento de Vídeo OTT cresceu de forma mais acelerada no Brasil do que no resto do mundo após a pandemia, com a receita atingindo US$ 855 milhões já em 2021. Conforme o documento, a expectativa para a Taxa de Crescimento Anual Composta do setor é de 9,8% no Brasil até 2026 – acima dos 7,6% projetados em escala global. Já para os games, a PwC projeta uma taxa de 15,2% no país no mesmo período – quase o dobro dos 8,4% esperados no mundo.

Outro dado interessante vem de uma recente pesquisa da Bango sobre serviços por assinatura. Segundo o relatório, os brasileiros destinam em média US$ 275 por ano para este fim. Em perspectiva, esse montante equivale a mais de um mês inteiro de trabalho, tomando-se por base o salário-mínimo nacional. Ainda, de acordo com a mesma pesquisa, o número médio de assinaturas por usuário no país é de 3,8. A maioria desses consumidores subscreve serviços de streaming de vídeo (86%) e música (52%). Boa parcela também mantém assinaturas relacionadas a comida (46%), varejo (38%) e games (32%).

De olho nas gerações de compradores

Como se vê, o brasileiro é ávido por moda, tecnologia e beleza. São segmentos fortemente influenciados pelas redes sociais, especialmente Instagram e TikTok, que revelam tendências de consumo para os internautas. Aliás, a Geração Z (millenials), composta pelos nativos digitais de 18 a 34 anos, é uma das protagonistas do comércio eletrônico no país. Segundo o Cetic.br, eles representam 43% dos internautas brasileiros e são compradores impulsivos assumidos.

A Geração X, com adultos entre 35 e 49 anos, não fica para trás. Isso porque nada menos de 31% dos internautas brasileiros pertencem a esta faixa etária. Apesar de serem mais equilibrados nas compras online, eles não dispensam novos itens para casa, eletrônicos e eletrodomésticos. Mas, como bons compradores, priorizam preço e qualidade, com atenção também à confiabilidade dos sites.

Vale a pena mencionar uma recente pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o SPC Brasil. Afinal, ela revelou que 91 milhões de consumidores fizeram compras em sites internacionais em 2023, com preferência por roupas e calçados, acessórios para celular e itens para casa. Essa modalidade, conhecida como cross-border, atrai os brasileiros especialmente em relação aos preços vantajosos e à variedade de produtos.

 

O crescimento do consumo de serviços globais pelos brasileiros

Aliás, é notável o comportamento de consumo dos brasileiros para além das fronteiras nacionais. Mesmo com um mercado interno aquecido, eles buscam produtos importados, especialmente eletrônicos, que muitas vezes não estão disponíveis localmente ou possuem preços competitivos no exterior. Assim, recorrem a plataformas internacionais confiáveis. De acordo com um estudo da Forrester Research/Paypal, os principais países que exportam para o Brasil são China, com 60% das exportações, seguida pelos Estados Unidos (23%) e Japão (5%).

O preço mais baixo em um país estrangeiro atrai 60% dos consumidores, enquanto a ausência da marca no mercado doméstico impulsiona 36% das compras internacionais. Um estudo da Kaleido Intelligence mostra, ainda, que comerciantes globais estão expandindo seu alcance utilizando as vendas diretas ao consumidor em mercados internacionais.

Nesse sentido, a adoção de estratégias que combinam a presença em marketplaces com a força de um site próprio é primordial para competir no cenário global. Ou seja, ter uma plataforma confiável e visível em mercados estrangeiros fortalece a marca e amplia o alcance dos produtos. Logo, isso atende à demanda por opções de consumo diversificadas e competitivas.

Entender o mercado é fundamental para criar estratégias eficazes para impulsionar as vendas online. Então, se você deseja saber mais sobre este assunto e conhecer melhor os hábitos de consumo dos brasileiros na internet, baixe agora mesmo nossos e-books exclusivos.